Gestação

Embora o bebê comece a se mover desde o início da gestação, nem toda movimentação é percebida pela mãe. A expectativa por sentir esses movimentos é grande, pois traz tranquilidade sobre o bem-estar do bebê. A percepção varia de mulher para mulher, dependendo de fatores como anatomia e biotipo. Algumas gestantes sentem o bebê por volta das 16 semanas, mas pode demorar até cerca de 22 a 24 semanas.

O padrão de movimento também varia. Muitas mulheres notam os movimentos do bebê mais intensamente à noite, quando estão em repouso, com menos distrações, como luzes e ruídos.

Na gestação, um dos sintomas mais prevalentes é o enjoo, náusea e vômito. Ele tem a sua origem relacionada às mudanças hormonais particulares da gestação. Se inicia por volta da quinta semana, tem seu pico por cerca de 9 a 10 semanas e costumam desaparecer em torno  de 16 semanas. Estes sintomas variam de mulher para mulher em termos de tolerância e podem ser desde muito leves até mais intensos, precisando de uma intervenção médica para prevenção de danos, como no caso da hiperemese gravídica.

A doula oferece apoio emocional e físico à mulher durante a gestação e o parto. Antes do parto, ela ajuda a gestante a se informar, esclarecer dúvidas, superar medos e a preparar o plano de parto. Durante o parto, a doula oferece suporte prático e emocional, ajudando com massagens, apoio físico e incentivando a mulher a seguir no processo. Ela também auxilia em tarefas simples, como ajudar a gestante a ir ao banheiro e fornecer água. Após o parto, a doula orienta sobre amamentação e oferece suporte emocional, além de ficar atenta a sinais de baby blues ou depressão pós-parto.

Embora comum, o escape de xixi na gravidez não é considerado normal e pode indicar uma sobrecarga no assoalho pélvico, que sustenta o útero e a bexiga. Isso acontece devido ao peso do bebê, e pode ocorrer ao tossir, espirrar ou ao não conseguir chegar ao banheiro a tempo. Esse sinal indica uma disfunção muscular. É importante que a mulher procure a fisioterapia para fortalecer essa musculatura, tanto durante a gestação quanto no pós-parto, mesmo que planeje uma cesariana.

O parto normal é um processo natural, mas algumas práticas podem aumentar as chances de um desfecho bem-sucedido. É importante permitir que o parto ocorra no tempo do bebê, sem apressar o processo, respeitando o intervalo entre 39 e 41 semanas de gestação.

Para se preparar, informe-se sobre o parto normal e desmistifique o medo da dor. Alinhe-se com um obstetra que tenha experiência em partos normais e considere o apoio de uma doula. Preparar o corpo com exercícios para a musculatura pélvica também pode ajudar. É fundamental lembrar que, mesmo com todos esses cuidados, em alguns casos, a cesárea será necessária, e isso pode ocorrer de maneira igualmente humanizada.

Plano de parto é um instrumento em que a mulher consegue colocar no papel todos os desejos e opções que ela pode ter num parto. Ela vai se informar com o médico, com a doula e enfermeira e vai redigir este plano falando das suas principais escolhas e alternativas perante diferentes cenários, como caso precise ir para uma cesárea ou recorrer à analgesia. É um documento que pode ser apresentado chegando ao hospital para que a equipe que vai atender a gestante entenda as escolhas dela e como ela pretende ser tratada.

Atualmente, não há recomendação para excluir alimentos da dieta durante a gestação com o objetivo de prevenir alergias alimentares no bebê. No entanto, fatores ambientais, estilo de vida e alimentação podem influenciar o desenvolvimento de alergias. Por isso, manter um estilo de vida saudável e uma alimentação natural e equilibrada é a melhor maneira de minimizar o risco de alergias alimentares no bebê.

Durante a gravidez, especialmente nas primeiras 12 semanas, as mudanças hormonais podem afetar o funcionamento do estômago e intestino, causando enjoos e náuseas. Aqui estão algumas dicas que podem ajudar a minimizar esses sintomas:

• Evite ingerir líquidos durante as refeições, mas no restante do dia, beba água em pequenos goles. Água gelada com limão pode ser ótimo;
• Evite alimentos gordurosos, como frituras;
• Evite temperos com sabor e cheiro muito fortes;
• Fracione as refeições ao longo do dia e diminua o volume;
• Não se deite logo após as refeições;
• Prefira alimentos mais secos;
• Adicione gengibre na alimentação (pode ser consumido no chá ou sucos, por exemplo);
• Prefira alimentos em temperatura ambiente ou frios, evitando alimentos muito quentes.
• Frutas cítricas, especialmente geladas, podem ajudar.

Durante a gestação, as necessidades nutricionais aumentam significativamente devido ao crescimento e desenvolvimento do bebê. Para atender a essa demanda, é fundamental que a gestante consuma alimentos naturais de todos os grupos alimentares e com variedade, incluindo cereais, tubérculos, leguminosas, legumes, verduras, carnes, ovos e laticínios. Alimentações vegetarianas e veganas também são possíveis, mas devem ser ajustadas com o acompanhamento de um profissional de saúde.