Desde os primeiros meses, é importante dar liberdade de movimento ao bebê. Estimule-o a andar de lado com apoio, a agachar e a levantar. Faça brincadeiras que o incentivem a soltar uma das mãos do apoio e sempre que possível, deixe o bebê descalço.

O uso do andador envolve um alto risco de acidentes e coloca o bebê em uma postura para a qual ele ainda não está preparado para assumir. Além disso, pode prejudicar o desenvolvimento adequado da caminhada, pois faz com que o bebê apoie mais as pontas dos pés e utilize um impulso diferente do esperado durante a marcha.

Infelizmente, nem todos os bebês engatinham, embora isso seja muito importante. Engatinhar fortalece os músculos das costas, braços e pernas, preparando o corpo do bebê para andar. No entanto, alguns bebês pulam essa etapa, o que pode ocorrer por falta de "tummy time" (tempo de barriga para baixo), por poucas oportunidades de movimento livre no chão ou pelo uso frequente de dispositivos como chiqueirinho ou andador.

É comum os bebês regurgitarem o excesso de leite devido à imaturidade do estômago. No entanto, se o bebê mama com irritação, chora muito após as amamentações, se inclina para trás ou tem o sono bastante agitado, pode estar sofrendo de refluxo patológico, que pode ou não estar associado à regurgitação. Para ajudar a aliviar o desconforto, amamente o bebê em uma posição mais elevada, deixe-o em posição bem elevada após a amamentação, sempre o coloque para arrotar, e eleve as superfícies nas quais ele fica deitado.

Na região posterior da cabeça do bebê, bem onde passa a faixa, temos uma região por onde passam os dez pares de nervos cranianos. Esses nervos inervam principalmente região de mandíbula, língua, estômago e intestino. Por mais livre que seja a faixa, alguns estudos sugerem que essa pode ser a causa de alterações funcionais como cólica ou refluxo. Por isso a indicação é não usar, ou usá-las apenas em momentos pontuais.

Massagens na barriga do bebê sempre no sentido horário, associadas a mobilizações das perninhas, como por exemplo a “bicicletinha”. Você pode também segurá-lo sentado de costas para você fletindo as perninhas, a chamada posição de higiene natural. Essas condutas podem ter o efeito potencializado quando associado ao banho morno antes ou depois das manipulações.

A mudança de posição é essencial para prevenir assimetrias cranianas e outras alterações posturais. Além disso, diferentes posições proporcionam estímulos variados, o que é benéfico para o desenvolvimento saudável do bebê. No entanto, se o bebê for muito pequeno, é importante estar sempre presente e atento ao colocá-lo em posições diferentes daquelas recomendadas pelo pediatra.

O bebê costuma se sentir mais confortável de barriga para baixo. Essa posição pode ser no colo, com um leve balanço e as perninhas flexionadas. Pode ser associado ao uso de uma bolsa de sementes morna sobre a região abdominal. O sling ou o "charutinho" (cueiro)  são opções que também podem ajudar, mas é importante lembrar que cada bebê é único. Experimente diferentes posições e observe em qual o seu bebê parece mais confortável. E, lembre-se, sempre mantenha a supervisão durante o uso dessas técnicas.