Desenvolvimento

Quem brinca com o bebê é mais importante do que o próprio brinquedo. No primeiro ano de vida, vale investir em livros (incluindo os de banho), mordedores, objetos que produzam diferentes sons e estimulem os cinco sentidos, além de itens para encaixar ou empilhar. Embora os brinquedos sejam importantes, o mais valioso é a presença e a disponibilidade da pessoa que brinca com a criança.

O bebê inicialmente só conhece profundamente a voz e o cheiro da mãe. A mãe é o ambiente seguro para o bebê e por isso essa preferência irresistível.

O mundo do bebê precisa ter e conhecer também outras referências, como o pai, avó, outros cuidadores e para isso, será necessário a prática. Mas essa prática precisa vir com presença e disponibilidade afetiva do outro em sentir o bebê, cuidando para oferecer o que o bebê precisa 

Para isso, é importante que a mãe possa também confiar. Entendendo que quando o bebê nasceu a mãe também precisou conhecer e aprender sobre como o bebê gosta de ficar no colo, como prefere adormecer, entre outras, e o pai ou outro cuidador precisa de tempo de “treinamento” também.

O termo "high need" foi criado pelo pediatra William Sears para descrever bebês que demandam atenção constante. Um bebê high need chora frequentemente, precisa de muito colo, contato físico e mamadas constantes, mesmo quando suas necessidades básicas, como alimentação, troca de fraldas e sono, foram atendidas. Eles também podem ter dificuldade em dormir por longos períodos.

Nos primeiros meses, o bebê passa pela exterogestação, um período de adaptação à vida fora do útero, o que pode aumentar a necessidade de contato e conforto. É importante ter paciência e cuidado ao rotular o bebê como "high need", pois isso pode interferir na conexão e disponibilidade emocional nos primeiros meses.

Do ponto de vista emocional, o bebê, até por volta dos 8-10 meses de vida, se sente um só com sua mãe/cuidador principal.

A noção de limite começa a se dar então quando ainda estão pequenos. Quando a mãe ou cuidador principal volta ao trabalho por exemplo ou quando regula amamentação que deixa de ser ofertada em livre demanda 

Conforme crescem, precisamos num primeiro momento demonstrar os limites, como por exemplo, redirecionando o bebé/criança para algo que não seja arriscado, isto é, demonstrando isso ao bebe e não apenas com a verbalização ou um comando.

Alguns sinais na dentição infantil podem indicar a necessidade de aparelho ortodôntico no futuro. É importante ficar atento a:

1. Problemas de mordida: Mordida cruzada, profunda ou aberta são indicativos comuns de que o alinhamento dos dentes e da mandíbula não está correto.
2. Dentes desalinhados ou tortos: Dentes fora de posição, apinhados (amontoados) ou que crescem na direção errada podem exigir intervenção ortodôntica para corrigir o alinhamento.
3. Problemas de espaço: Espaçamento excessivo entre os dentes (diastema) ou falta de espaço para o crescimento dos dentes permanentes pode necessitar de correção.
4. Hábitos bucais: Chupar o dedo, uso prolongado de chupeta ou outros hábitos bucais podem afetar o alinhamento dos dentes e a formação correta da mandíbula.
5. Problemas respiratórios: Respiração pela boca, ronco frequente ou apneia do sono podem influenciar o desenvolvimento facial e a posição dos dentes.
6. Histórico familiar: Se houver histórico de problemas ortodônticos, como mordida irregular ou desalinhamento, a probabilidade de seu filho necessitar de aparelho é maior.

Levar seu filho ao odontopediatra regularmente é essencial para identificar esses sinais precocemente e tratar possíveis problemas antes que se agravem.

A amamentação é essencial para o desenvolvimento bucal do bebê, pois:

1. Desenvolve a mandíbula e músculos faciais: A sucção fortalece os músculos e promove uma estrutura facial saudável.
2. Forma a arcada dentária: Favorece o alinhamento correto dos dentes, prevenindo problemas de mordida.
3. Ajuda no desenvolvimento da fala: O movimento dos músculos faciais auxilia no desenvolvimento da fala.

Além de fornecer nutrição, a amamentação contribui para um desenvolvimento oral saudável, prevenindo futuros problemas dentários.

A primeira consulta odontopediátrica deve ocorrer no primeiro ano de vida. Se houver dificuldades na amamentação, pode ser feita logo após o nascimento para avaliar o frênulo lingual. Caso contrário, agende a consulta com o surgimento do primeiro dente. Nessas visitas, o odontopediatra avalia o desenvolvimento oral e orienta sobre cuidados bucais preventivos.

O surgimento dos primeiros dentes pode causar desconforto em alguns bebês, mas há formas de aliviar esses sintomas. Aqui estão algumas sugestões:

• Utilize mordedores refrigerados para acalmar as gengivas, escolhendo opções seguras e adequadas para a idade.
• Ofereça alimentos frios, como pedaços de maçã, pepino ou cenoura refrigerados, que ajudam a aliviar o incômodo.
• Experimente o "peitolé" ou "tetolé", um picolé de leite materno, que refresca o bebê e alivia o desconforto da dentição.
• Se o desconforto for muito intenso, consulte um odontopediatra para avaliar o uso de medicamentos adequados.

Lembre-se de que a paciência e o carinho são essenciais durante esse período desafiador para o bebê e para os pais

A pasta de dente deve ser usada assim que iniciar a escovação no bebê, a partir do nascimento do primeiro dente de leite. A quantidade correta varia de acordo com a idade da criança:

• De 0 a 3 anos: uma quantidade de meio grão de arroz.
• De 3 a 7 anos: uma quantidade de um grão de arroz.
• 7 anos ou mais: uma quantidade equivalente a um grão de ervilha.
  

Não é necessário realizar a higiene da cavidade oral dos bebês que ainda não apresentam dentes, seja durante o aleitamento materno ou com fórmula.

Os hábitos de higiene bucal devem ser iniciados assim que o primeiro dente aparece.

A escovação dos dentes do bebê e da criança deve ser feita com pasta de dente e escova pelo menos duas vezes ao dia.